sexta-feira, 7 de novembro de 2008

ENSINO APRENDIZAGEM

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Ensino Integrado de Língua Portuguesa e Matemática
Ministrantes Prof Gilves Furtado e Prof Roberto
Barra do Garças-MT
Outubro de 2008


ENSINO APRENDIZAGEM

A docência não é uma disciplina que se aprende em bancos da academia. A docência é uma postura, um modo de viver ou de deixar-se viver. É corpo-a-corpo, é dia-a-dia, é experiência, é doação e abertura do novo a cada dia.
A docência é, em outras palavras, a significação do ensino-aprendizagem e sua aplicabilidade dentro da realidade de cada aluno e de cada aluna. Ela é versátil, dinâmica e atualizada, caminha lado a lado com a evolução do conhecimento e da tecnologia partindo do referencial de que o importante é o aprendiz.
Assim, faz-se necessário refletir cobre a postura de educador, os avanços e retrocessos, visto que, “navegar é preciso”.
Dorothéia versus Professaura do livro de Celso Antunes ou Sr. D. versus Matt Warner do filme de Willian Dear são personagens dualistas que ajudam-nos nessa reflexão. No primeiro exemplo a representação do gênero feminino e no segundo, do masculino.
No dualismo feminino Dorothéia simboliza a educadora que aprende ensinando, que contribui para iluminar a inteligência de seu alunado e afiar as suas competências por meio de provocações e reflexões, argumentações de estímulos às suas competências e habilidades, transformadora das informações em conhecimento elevado por meio do pensamento, criação, imaginação e vivência. Ensinar é um desafio a superar, esperança a aguardar, conhecimento para cada vez mais aprender, para que a arte de amar seja o segredo do viver.
Enquanto que, a Professaura é o símbolo do conformismo angustiante, repetitivo, para o qual o alunado é um expectador que se deve disciplinar, adestrar e “castrar” quanto a sua criatividade, imaginação, concepções, significação e contextualização do mundo em que vive. Ensinar é uma rotina por imposição, obrigação, tradição e status dissociada da realidade e da construção do conhecimento.
No dualismo masculino o Sr. D. simboliza o mestre ao contextualizar o ensino e adotando práticas pedagógicas inovadoras e estimulantes acrescentando e facilitando o ensino-aprendizagem e oportunizando a construção do caráter e do futuro de seu alunado.
Ao passo que, o professor Matt é o símbolo do tradicionalismo, autoritarismo, sem nenhuma autoridade, com medo de ousar, de inovar, pois aprendizado é uma bagagem que apenas ocupa espaço. Ensinar é dogmático, é a transmissão e detenção do conhecimento.
Então, nessa breve reflexão percebemos que temos ainda muito o que fazer, pois o modelo tradicional de professor não cabe mais em nossa realidade tecnológica e globalizada, no entanto, não basta ficar no mundo das “ilusões” ou “reflexões”, mas sim das ações concretas e imediatas que enriquece e fundamentaliza o ensino-aprendizagem de forma expansiva, dinâmica, atrativa, real (de pé no chão!), produtiva e construtiva de saberes valorizando o conhecimento que o alunado já tem.

O FUTURO não é algo imposto ou pré-determinado, depende: de nossas ações e atuações no presente; de nossa consciência coletiva e individual; da forma como o planejamos; da maneira como focalizamos nossas necessidades futuras; dos caminhos que escolhemos e compartilhamos no presente; cuidar de nós, dos filhos, das pessoas, da sociedade, da natureza e da educação para não ficarmos à margem dos acontecimentos históricos.
(Leonardo BOFF)

Estamos imersos num universo menos previsível, mais complexo, dinâmico, criativo e pluralista, numa “dança permanente”
MUNDO IMPREVISÍVEL SUJEITO A VARIAÇÕES E CRIATIVIDADE...

Em vez da ordem, a desordem crescente, a criatividade, o acidente... Do caos, a esperança, a criatividade, o diálogo e auto-organização construtiva... Da estabilidade e do determinismo, a instabilidade, as flutuações, as bifurcações.


MUDANÇAS DE PERCEPÇÕES E VALORES?
Nas formas de pensar e compreender o mundo. Despertar no indivíduo novos valores voltados para a melhoria da qualidade de vida e para equilíbrio humano. Mudanças de consciência e de opinião pública. Cada ser humano é o seu próprio agente de decisão e responsabilidade.

Marinalva Marques de Souza

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